02/02/2015

Mãe

Mãe

Conheço a tua força, mãe, e a tua fragilidade. 
Uma e outra têm a tua coragem, o teu alento vital. 
Estou contigo mãe, no teu sonho permanente na tua esperança incerta 
Estou contigo na tua simplicidade e nos teus gestos generosos. 
Vejo-te menina e noiva, vejo-te mãe mulher de trabalho 
Sempre frágil e forte. Quantos problemas enfrentaste, 
Quantas aflições! Sempre uma força te erguia vertical, 
sempre o alento da tua fé, o prodigioso alento 
a que se chama Deus. Que existe porque tu o amas, 
tu o desejas. Deus alimenta-te e inunda a tua fragilidade. 
E assim estás no meio do amor como o centro da rosa. 
Essa ânsia de amor de toda a tua vida é uma onda incandescente. 
Com o teu amor humano e divino 
quero fundir o diamante do fogo universal. 

António Ramos Rosa, in 'Antologia Poética' 

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